Todos devem se sentir bem-vindos na Basílica de São Pedro, orienta Papa

Em audiência com colaboradores da Fábrica de São Pedro, responsável por manter a Basílica, Francisco destaca diligência e criatividade no trabalho

Da Redação, com Vatican News

Foto: Massimo Merlini by Getty Images

“Todos, realmente todos, devem se sentir bem-vindos nesta grande casa: quem tem fé e quem busca a fé”. Foi o que o Papa Francisco disse sobre a Basílica de São Pedro durante uma audiência nesta segunda-feira, 11, com colaboradores da Fábrica de São Pedro.

O grupo de 40 pessoas compõe a instituição da Santa Sé responsável por manter, cuidar e administrar a Basílica Vaticana, além de acolher peregrinos e visitantes. Em seu discurso, o Pontífice agradeceu o trabalho realizado com diligência e criatividade – uma tarefa que também exige responsabilidade para “o uso correto e construtivo de um potencial que é certamente útil, mas ambivalente”.

Às vezes pode haver uma sobreposição de propósitos, sinalizou o Santo Padre: a técnica com as suas intervenções não pode se tornar mais importante que a obra. Desta forma, a Basílica de São Pedro deve ser sempre e para todos os visitantes “um lugar vivo de fé e de história, morada hospitaleira, templo de encontro com Deus e com os irmãos que vêm a Roma de todas as parte do mundo”.

Critérios corporais e espirituais

Francisco apontou que, assim como todos chegam à Basílica para se direcionar ao seu “núcleo original”, o túmulo de São Pedro, os projetos da Fábrica devem ter o mesmo propósito de acompanhar os homens e as mulheres de hoje e apoiar o caminho deles como discípulos orientados por três critérios corporais e espirituais, para ordenar “de forma inteligente” o trabalho.

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O primeiro deles é a escuta da oração, podendo adotar tecnologias para favorecer a participação interativa das pessoas e sobretudo a consciência sobre a sacralidade do local, que é um espaço de meditação”. O segundo é o olhar de fé, para o qual se deve usar ferramentas modernas, mas “com um estilo missionário, não turístico, sem buscar a atratividade de efeitos especiais”. Por fim, o terceiro é o toque do peregrino, dando atenção a projetos realizados “a serviço do povo de Deus” como sempre aconteceu ao longo dos séculos.

No encerramento de seu discurso, o Papa fez um apelo para que sempre haja confessores à disposição. “As pessoas vão, ouvem alguma coisa, até os não cristãos se aproximam para pedir uma bênção, alguma coisa… Neste mundo tão artístico e bonito, há também a arte da comunicação pessoal. E, por favor, digam aos confessores de perdoar tudo: tudo deve ser perdoado. (…) Sempre deem as bênçãos a todos e, àqueles que querem se confessar, perdoem todos, todos, todos”, expressou.

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