Atividade econômica de SC cai 0,3% em agosto

A atividade econômica de Santa Catarina apresentou queda de 0,3% em agosto, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC).

Apesar do recuo, o estado manteve um desempenho positivo no acumulado do ano, com crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado do ano ficou acima da média nacional para o período, que foi de 2,5%.

Segundo análise do Observatório FIESC, o resultado positivo do ano foi favorecido pela manutenção de um mercado de trabalho aquecido e pelo aumento dos rendimentos reais dos trabalhadores, que contribuíram para a demanda por bens e serviços.

Ao longo do ano, a economia catarinense também se beneficiou da demanda internacional por produtos do estado, especialmente nas áreas de fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de produtos têxteis. Esses setores ajudaram a sustentar o crescimento industrial”, afirma Camila Morais, economista do Observatório FIESC.

Considerando os três grandes setores da economia, destaque para o setor de serviços, que cresceu 8,2% até agosto, seguido pelo comércio, com alta de 7,7%, e pela indústria, que registrou crescimento de 6,4%.

Na indústria, houve dinamismo dos setores de fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, de máquinas e equipamentos, de produtos têxteis e de produtos de madeira contribuíram para o desempenho nos oito primeiros meses do ano.

Recuo mensal

A retração de 1,4% na atividade industrial de Santa Catarina em agosto já era esperada pelo mercado, refletindo os efeitos defasados da política monetária, ou seja, o fim dos efeitos positivos do ciclo de queda dos juros.

Entre os setores industriais mais afetados estão os de metalurgia, que caiu 4,8%, de produtos de metal, com recuo de 3,9%, de borracha e material plástico, com diminuição de 3,5% e confecção de artigos de vestuário e acessórios, com redução de 3,3%.

Apesar da queda da atividade econômica em agosto, o mercado de trabalho catarinense registrou a menor taxa de desocupação do Brasil, com 3,2% no trimestre encerrado em junho”, explicou a economista.

As baixas taxas de desocupação refletem no nível elevado de consumo das famílias, o que favorece a indústria de bens de consumo, mas também o comércio e o setor de serviços.

Comércio e serviços

O comércio ampliado, embora tenha registrado uma queda de 0,8% em relação a julho, sustenta um crescimento acumulado de 7,7% nos oito primeiros meses.

As vendas no comércio varejista ligado à construção também se destacam, com aumento de 3,3% nas vendas de materiais de construção, na comparação mensal com ajuste sazonal.

No setor de serviços, registrou uma queda de 0,2% em agosto, menor do que a verificada no Brasil, que contraiu 0,4%.

O recuo foi concentrado nos subsetores de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que registrou queda de 0,7%.

No entanto, os serviços prestados às famílias permaneceram aquecidos, com crescimento de 2,7% no mês e 5,1% no acumulado do ano.

As atividades turísticas também tiveram destaque, com alta de 3% em agosto e 8,2 % no ano, favorecidas pela manutenção da renda das famílias e pelo elevado consumo.

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