Ibovespa Recua com Vale e Petrobras, Mas Azul Dispara após Acordo de Dívidas

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O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (8) em baixa, pressionado pelas quedas de Vale (-3,03%) e Petrobras (-2,01%), influenciadas pelo recuo das commodities. Apesar disso, o índice conseguiu se afastar das mínimas do dia, sustentado por ações como WEG (+1,70%), Localiza (3,48%) e Itaú (0,60%). Destaque positivo para Azul, que disparou após um acordo sobre suas dívidas.

O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,38%, fechando a 131.512 pontos, após atingir a mínima de 130.370,77 pontos e a máxima de 132.015,79 pontos durante o dia. O volume financeiro foi de R$ 17,8 bilhões. O dólar à vista fechou em alta de 0,85%, cotado a R$ 5,5334. No acumulado de outubro, a divisa subiu 1,55%.

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O desempenho negativo do Ibovespa foi impactado pelo retorno das negociações na China, após o feriado da Golden Week, que manteve o mercado local fechado na semana anterior. As negociações foram retomadas com a divulgação de um novo pacote de estímulos por parte do governo chinês, o qual ficou abaixo das expectativas do mercado, levando o minério de ferro a recuar mais de 5% e arrastando outras commodities metálicas. O petróleo também recuou, mesmo com as tensões no Oriente Médio, encerrando o dia com queda de 5%.

“Essa movimentação provocou perdas principalmente em empresas exportadoras, como Vale e Petrobras, que são as maiores contribuidoras para a baixa do Ibovespa hoje”, explicou André Fernandes, especialista da A7 Capital.

Entre as maiores altas do dia, Azul se destacou com valorização de 7,48%, após anunciar na noite de segunda-feira que fechou um acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos. O pacto envolve a troca de cerca de R$ 3 bilhões em dívidas por emissão de novas ações.

O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, disse à Reuters que a empresa agora busca captar aproximadamente US$ 400 milhões, com a possibilidade de levantar recursos por meio de dívida conversível, utilizando a Azul Cargo como ativo de garantia.

No cenário doméstico, o Senado aprovou a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, a partir de 2025. Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, substituirá Roberto Campos Neto, que ocupa o cargo desde 2019 e cujo mandato termina em dezembro. Essa será a primeira troca de comando do Banco Central sob a vigência da lei de autonomia operacional da instituição.

Em Wall Street, as bolsas fecharam em alta, impulsionadas pelo otimismo dos investidores em relação à temporada de balanços do terceiro trimestre e à expectativa por novos dados de inflação nos Estados Unidos, que podem oferecer pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação à taxa de juros.

O Dow Jones subiu 0,30%, fechando a 43.080,37 pontos. O S&P 500 avançou 0,97%, para 5.751,10 pontos, enquanto o Nasdaq Composite registrou alta de 1,44%, encerrando o dia a 18.182,34 pontos.

Os mercados agora se preparam para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na quinta-feira, que será um importante termômetro para avaliar a inflação e as possíveis decisões do Fed sobre os juros nos próximos meses.

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