Empreendedora Cria Academia-Balada e Mira em Mercado Trilionário

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empreendedora Maria Victória Salomão

Divulgação

Maria Victória Salomão aposta no lucrativo mercado de wellness, que movimenta US$ 1,8 trilhão (R$ 9,9 trilhões) globalmente

Formada em arquitetura, Maria Victória Salomão percebeu logo de cara que não seguiria na profissão. Enquanto trabalhava no escritório da renomada Fernanda Marques, em São Paulo, a brasiliense fez cursos de empreendedorismo e gestão de empresas familiares no Insper, o que a ajudaria nos seus próximos passos. “Todo o meu trabalho hoje e as possibilidades que tive foram por causa da base que a arquitetura me deu”, diz. Aos 29 anos, ela lidera o centro comercial da sua família na capital federal, que leva o nome do seu avô, Gilberto Salomão.

Começou na empresa liderando pequenas mudanças, de placas a uniformes, até assumir a frente durante o momento de crise da pandemia. “Foi a virada de chave, quando todo mundo paralisou e eu enxerguei as oportunidades.”

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Foi a responsável por levar grandes marcas nacionais para o complexo, que fica no no Lago Sul, bairro com a maior renda per capita do país. Entre elas, Track&Field, Reserva, Arezzo, Kopenhagen, Hering e Petz. “Entregar resultado foi o que me fez ganhar atenção“, diz a CEO, que ouviu alguns “nãos” do pai e do avô, de família árabe, antes de conseguir um espaço na empresa.

Novo negócio

Este ano, Maria Victória abriu seu próprio empreendimento no Gilberto, a HitHaus, uma academia de aulas coletivas que combina esporte com um clima de festa. “Nossa sala de bike é uma balada”, diz a fundadora. Os alunos também podem fazer boxe, corrida com funcional e reshape (ginástica localizada) em um esquema de compra e marcação de créditos.

São 11 mil alunos cadastrados na plataforma e cerca de 7 mil check-ins por mês. Em agosto, 600 pessoas fizeram sua primeira aula na HitHaus, que comporta 70 alunos em quatro salas. “Temos lista de espera para o fim de semana a partir de quarta-feira”, diz a sócia. “Isso faz parte da estratégia do sucesso porque cria um desejo nas pessoas.”

A ideia de abrir uma academia surgiu quando Maria Victória conheceu uma rede de estúdios fitness em Londres e virou frequentadora assídua. “Minha viagem tomou outro rumo depois disso”, brinca ela, que adotou um novo estilo de vida. “Hoje eu malho de domingo a domingo. Minha vida mudou em termos de disciplina.”

Sem medo da concorrência

Antes mesmo da viagem, a empresária já queria levar uma academia para o Gilberto, mas ser franqueada de um grande grupo não era uma opção. “Comecei a estudar esse mercado em grande expansão e basicamente dominado por dois grupos no Brasil.”

A concorrência na cidade ficou ainda mais forte este ano, com grandes academias chegando ou expandindo suas operações. “Ficamos preocupados, sim, mas não fez diferença. Porque quem vai para uma academia como a nossa busca outra experiência.”

Maria Victória também atribui o interesse pela HitHaus ao posicionamento da marca, à compreensão do público de Brasília e ao nome que sua família construiu na capital federal, especialmente por conta do seu avô. “É uma cidade um pouco bairrista, por isso muitas vezes as operações locais vão mais para frente do que as de fora.”

Mercado trilionário

O objetivo sempre foi escalar o negócio. Agora, os sócios – Maria Victória, Henrique Romano e Marcos Felipe Engel – estudam a possibilidade de receber investimento ou partir para modelo de franquia. Duas novas modalidades, pilates e yoga, já estão sendo testadas e outras também devem surgir com o tempo, além dos treinos outdoor. “Queremos ser uma academia completa.”

Mais do que isso, querem pegar carona em um mercado que movimenta US$ 1,8 trilhão (R$ 9,9 trilhões) globalmente, segundo a consultoria McKinsey. “Vimos uma oportunidade gigante e muita demanda no mercado de wellness.”

Com isso em mente, Henrique, um dos sócios, começou uma operação de comida saudável, o Liv Garden. “Também vou entrar na sociedade para puxar as duas expansões juntas”, diz a empreendedora. A segunda unidade do restaurante será aberta próxima à HitHaus. ”São coisas que conversam. Queremos apostar nesses combos.”

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Maria Victória cumpriu o objetivo de criar um negócio com a sua cara, mas também não pensa em se afastar do grupo familiar. “Estou em um momento em que as coisas finalmente estão convergindo.”

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