Com quatro homicídios a cada 100 mil habitantes, Brusque é a 13ª cidade mais segura do Brasil

O ranking das Cidades Mais Seguras do Brasil, organizado pela empresa MySide com base em dados do IBGE e do Ministério da Saúde, posicionou Brusque como a 3ª cidade mais segura de Santa Catarina em relação a homicídios.

A avaliação incluiu apenas cidades com mais de 100 mil habitantes, e Brusque registrou 4 assassinatos por 100 mil habitantes. No ranking, o município ficou atrás apenas de Blumenau e Jaraguá do Sul, completando um pódio dominado por cidades catarinenses.

Entre todas as cidades do Brasil com mais de 100 mil habitantes, Brusque ocupa a 13ª posição. O município de Jaraguá do Sul é o melhor classificado de Santa Catarina, alcançando o 5º lugar no ranking geral. Essa cidade do Norte catarinense fica atrás de quatro municípios paulistas: Sertãozinho, Tatuí, Botucatu e Valinhos, que lidera a lista.

Dados gerais

O delegado regional da Polícia Civil, Fernando de Faveri, destaca que diversos fatores contribuem para a posição atual de Brusque. Para ele, um ponto importante é a taxa de resolução de mortes violentas, que é de 100%.

“A Polícia Civil tem resolvido todos os casos nos últimos sete anos, e isso se soma à atuação do Ministério Público, que leva essas pessoas a julgamento, e ao tempo médio do poder Judiciário local, todos demonstrando alto grau de responsabilidade e eficiência”.

Fernando observa que uma das reflexões da criminologia sobre as mortes violentas no Brasil é a taxa de não resolução, que gera uma sensação de impunidade. Ele menciona uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a aplicação imediata da pena em casos de homicídio julgados pelo tribunal do júri.

“Até algumas semanas atrás, um indivíduo que fosse absolvido poderia sair livre do julgamento. Agora, houve uma evolução na jurisprudência do Supremo nesse sentido. Quando a taxa de resolução de homicídios é de 100%, como tem sido por muitos anos, isso cria uma sensação de punição, não de impunidade, superior à de qualquer país europeu ou americano”.

Com essa nova decisão do Supremo, o delegado afirma que muitas pessoas chegarão aos julgamentos soltas, mas voltarão diretamente para o presídio após a sentença.

“Obviamente, se o indivíduo já chegar preso, ele continuará detido se for condenado. Antes, era comum que um indivíduo chegasse solto e saísse livre, aguardando o trânsito em julgado. Com essa evolução da jurisprudência, essa prática deverá acabar. Acredito que isso aumentará ainda mais, em regiões como a nossa, em Brusque, a sensação de punição”.

Desafios

O delegado afirma que, em relação às polícias em geral, todas as corporações enfrentam um baixo efetivo.

“Embora se diga que a taxa de mortes seja menor do que em outros municípios, a proporção de policiais por habitante também é inferior”.

Atualmente, Fernando destaca que há poucos policiais disponíveis para lidar com as mortes violentas dos últimos anos.

“As investigações de um homicídio podem se estender por vários anos. Portanto, é importante considerar que, embora não tenhamos uma taxa de homicídios típica de uma metrópole, também não dispomos do efetivo necessário para enfrentar essa situação”.

Por fim, o delegado ressaltou que a Polícia Civil tem registrados apenas dois homicídios em sua base de dados, em vez dos quatro mencionados pela pesquisa. Ele apontou que a discrepância nos números pode ser atribuída à metodologia utilizada pela organização do ranking.


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