Eleição em Guabiruba: “Pretendemos buscar incentivos para trazer novas empresas”, diz Marquinho Habitzreuter (Podemos); veja entrevista

Nome de urna: Marquinho Habitzreuter (Podemos)
Candidato a vice: Orides Kormann (MDB)
Coligação: Bora Mudar (Podemos e MDB)
Número de urna: 20
Idade: 51 anos
Profissão/ocupação: advogado

O candidato Marquinho Habitzreuter (Podemos) é advogado. Ele concorre ao cargo de prefeito pela coligação Bora Mudar, formada por Podemos e MDB. O candidato a vice na chapa de Marquinho é Orides Kormann (MDB). Ao jornal O Município, ele falou sobre propostas e ideias para o mandato. Confira abaixo a entrevista.

A construção de um hospital em Guabiruba é um objetivo que dura anos. Caso seja eleito, pretende tirar esse projeto do papel?

A construção do hospital, para nós, não é nem uma promessa, é um compromisso assumido que será cumprido. Não temos dúvidas da possibilidade da construção do hospital, até porque o próprio município de Guabiruba já possui imóvel próprio com capacidade de absorver a construção do hospital.

Nós queremos fazer o hospital com equipamentos para fazer os exames de radiografia, raio-x, ultrassonografia, tomografia, enfim, queremos deixar todos os exames que hoje são feitos fora da cidade para que seja possível fazê-los no município. Temos o dever de cumprir esse compromisso.

A reforma da escola João Boos é a obra mais cobrada pela população atualmente. A realização da reforma depende do governo do estado. Como pretende atuar para cobrar a realização da obra?

A situação da escola João Boos vem sendo comentada há anos. Fui candidato em 2020 e comentei esse fato. Quando fui candidato a deputado, em 2022, falava sobre este assunto também. Tentamos conversar com pessoas em nível estadual e até com deputados federais conversei para participar mais e tentar buscar uma forma de solução para essa obra que há tanto tempo aguarda solução.

Apesar de não ser responsabilidade do município, nós vemos a administração atual fazer muito pouco, realmente de engajamento, de buscar. Há tantas formas. Volto a dizer, sabemos que a responsabilidade é do governo estadual, mas isso pesa também para nossa comunidade.

Quem sofre hoje é o povo de Guabiruba com a falta dessas reformas. Agora, aparentemente, estão reformando novamente. Eu espero que, de fato, saia do papel e seja concluída a obra. Há uma enorme necessidade de deixar a escola pronta para nossa população.

Guabiruba foi vista por muitos anos como cidade-dormitório, enquanto as pessoas que residiam trabalhavam em Brusque. Com o passar do tempo, as empresas se instalaram na cidade e hoje o município já não tem mais esse status. Como trabalhar para garantir que a cidade tenha ainda mais investimentos e geração de empregos?

Existe um bom equilíbrio entre empregado e empregador. A prefeitura acaba intermediando essa situação e aplicando os recursos que vêm dos impostos gerados em torno disso tudo. Para o gestor municipal criar empregos, sabemos que não é tão simples.

Hoje, quem cria empregos são os empresários, que vêm com ideias bacanas, que vêm com projetos legais. O que temos que fazer é fomentar, buscar empresas de fora, visitar municípios com porte parecido com o de Guabiruba e ver como eles têm atraído [novos investimentos].

Guabiruba tem hoje uma capacidade muito boa para desenvolver o turismo. Temos diversos recursos naturais que agradam as pessoas que vêm de fora. Temos a tradição germânica e italiana também. Seria um setor muito bom a ser explorado. Com relação às empresas, pretendemos buscar incentivos para trazer novas empresas.

O senhor já disputou eleições para vereador, prefeito e deputado e nunca conseguiu se eleger. Como o senhor pretende, desta vez, superar esse histórico eleitoral negativo?

Comecei cedo. Aos 18 anos, fui candidato pela primeira vez a vereador. Fui três vezes na sequência. Fiquei afastado de concorrer durante 16 anos, mas sempre acompanhei a política de perto, pois sempre gostei. Fui candidato novamente em 2016. Fui candidato a prefeito em 2020 e a deputado.

Eu sempre vim em uma crescente, sempre aprendendo muito nesse percurso todo. Eu reconheço que, até mesmo no município de Guabiruba, não existe eleição fácil. Sempre fizemos de forma muito limpa, muito transparente. Isso não quero mudar. Quero continuar na mesma linha.

A coligação que o senhor representa se chama “Bora Mudar”. No entanto, o senhor tem como candidato a vice-prefeito Orides Kormann, figura antiga na política de Guabiruba. Como mostrar que o senhor representa uma renovação se está ao lado de um político veterano?

O nome da nossa coligação já diz tudo: Bora Mudar. A nossa mudança vem de forma bem clara. Quando Orides Kormann aceita ser vice-prefeito, já é uma grande mudança. Eu acredito que essa seja a maior mudança, com o senhor Orides dando um passo atrás, com muita humildade.

Admiro ele como pessoa. É um amigo pessoal. É uma pessoa muito querida pela comunidade. Ele reconheceu que era o momento de ser vice e tem muita experiência. Queremos mudar, até porque a população pede por mudanças hoje. O atual prefeito está aí há 12 anos seguidos.

Viemos acompanhando um gestor que hoje é candidato querendo ir para 16 anos de mandato. Ali não há mudança, de forma alguma. Nós, pelo contrário, viemos com meu nome e com Orides de vice, querendo aliar renovação e experiência.

A pavimentação da rodovia entre Guabiruba e Blumenau é uma demanda muito antiga. Em agosto, o secretário de estado da Infraestrutura, Jerry Comper, pediu união de esforços para execução da obra. É uma obra que interessa muito mais a Guabiruba do que a Blumenau. Caso eleito prefeito, o senhor pretende tornar esse assunto prioridade?

Esta rodovia estadual que atravessa do bairro Pomerânia ao bairro Garcia de Blumenau, passando também por Gaspar, é uma via muito importante para o deslocamento do nosso pessoal, até mesmo quando nos referimos à área da saúde, em que, muitas vezes, é necessário se deslocar pelo município de Gaspar e pegar longas filas.

Eu sempre passo por esse trajeto e gasto em torno de 20 a 25 minutos para sair de Guabiruba e chegar em Blumenau. Isso, para mim, facilita bastante. Porém, se estivesse tudo asfaltado ou pavimentado, teríamos um trajeto muito mais tranquilo.

Para nós, é uma obra que não é tão complicada, mas entendemos que precisamos de recursos e de parcerias com o governo do estado para que consigamos concluir.

Uma de suas propostas é implantar um terminal urbano em Guabiruba. Em qual local pretende construir a estrutura e de qual forma garantir o recurso para que essa obra, que será de grande porte, seja executada?

Temos conversado principalmente com CDL e Núcleo de Empresários de Guabiruba. Sabemos pela própria população que há necessidade de um transporte coletivo mais funcional. Hoje, não temos uma empresa licitada em Guabiruba. Não temos um serviço prestado para que dê condições para que o usuário de fato use e tenha horários disponíveis para se locomover.

O terminal intermunicipal é importante para fazer a junção de linhas que vem de Brusque a Guabiruba e possa transitar depois em um sistema interbairros que queremos implantar. O local ainda não está definido. Devemos procurar o terreno o mais próximo das imediações do limite entre os dois municípios.

No seu plano de governo, consta que o senhor pretende viabilizar várias construções: centro cívico, nova via de acesso Guabiruba-Brusque, campo de futebol, terminal urbano, auditório para apresentações, hospital e outras. Como construir tudo isso sem prejudicar o orçamento da prefeitura?

Hoje o município conta com uma arrecadação, se não me engano, de aproximadamente R$ 120 a R$ 130 milhões. É um orçamento considerável para o tamanho do nosso município, que é enxuto e, de fato, conta com uma economia crescente.

Temos o terreno em que pretendemos construir o hospital que abarca várias possibilidades, até mesmo do centro cívico. Boa parte já ficariam edificadas nesse local. Por outro lado, temos muitos imóveis alugados. A prefeitura paga aluguel. Hoje, estamos pagando alugueis de valores altos em vários imóveis.

Cada vez que conseguimos construir um prédio para prestar esses serviços públicos, eliminamos um aluguel. Hoje, a princípio, não faltam recursos para o município, falta melhor aplicação e, do meu ponto de vista, falta melhor transparência.

Recado do candidato ao eleitor

Nós queremos pedir para toda população a atenção na nossa candidatura. Gostaríamos que as pessoas observassem que trazemos um projeto novo para Guabiruba, com relação à saúde, principalmente.

Nosso projeto é real, pode ser construído em nossa cidade e vai trazer muitos benefícios para Guabiruba. Com essa confiança, pedimos que, em 6 de outubro, vote no 20, vote no Marquinho e no Orides.


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