Hospitais de Brusque investem em estrutura na busca pela habilitação para atendimento oncológico via SUS

Atendimentos oncológicos

Tanto o Hospital Azambuja quanto o Hospital e Maternidade Imigrantes construíram estruturas especiais para realizar atendimentos oncológicos em Brusque. Com os setores inaugurados, as instituições continuarão na busca pela habilitação para oferecer esse tipo de serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, junto ao estado e ao Ministério da Saúde.

Conforme a secretária de Saúde de Brusque, Thayse Rosa, integrante da Comissão Intergestores Regional (CIR) do Médio Vale do Itajaí, a região precisa ampliar o atendimento oncológico.

Ela explica que o cenário atual difere de anos atrás, quando o Hospital Azambuja enfrentava recusas para realizar atendimentos oncológicos via SUS, sob a justificativa de que a região não necessitava de mais um serviço habilitado.

Agora, Thayse revela que a região enfrenta o pedido de descredenciamento do Hospital Santa Isabel para atendimento oncológico pelo SUS, o que sobrecarregará o Hospital Santo Antônio, ambos localizados em Blumenau.

“Tanto a CIR, quanto a Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) e o estado manifestaram a necessidade desse serviço, independentemente de qual hospital o realize. Isso depende da aprovação do Ministério da Saúde, e pode ocorrer para um ou para ambos; um pode atender a pediatria, e o outro não, ou ambos podem atender adultos e pediátricos. Há diversas possibilidades”, explica.

Thayse acrescenta que, em visita a Brusque no último sábado, 14, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, demonstrou apoio à demanda regional e se comprometeu a levar o pedido à esfera federal.

Ele visitou os hospitais de Brusque, onde conheceu as estruturas recém-construídas do Hospital Azambuja e do Hospital Imigrantes. “Ambos os espaços estão bem equipados, as estruturas são muito bonitas e humanizadas”, avalia a secretária.

Estrutura do Hospital Azambuja

Hospital Azambuja aguarda resultado de vistoria para dar continuidade na busca pela habilitação | Foto: Hospital Azambuja/Divulgação

O Hospital Azambuja prepara a inauguração da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) no local. A estrutura é resultado de um investimento de R$ 1,5 milhão.

As obras foram finalizadas neste mês, e o objetivo da instituição é oferecer atendimento aos pacientes para tratamentos de quimioterapia, além de contar com a estrutura operacional do hospital para a realização de cirurgias oncológicas.

Para dar continuidade na habilitação, a instituição precisa ter a aprovação Vigilância Sanitária Estadual, que fez uma vistoria na unidade nesta terça-feira, 17.

Segundo a diretoria do Azambuja, a expectativa é que, uma vez aprovada a estrutura, os serviços possam ser oferecidos à população, já que o hospital busca habilitação via Governo do Estado e, na sequência, via Ministério da Saúde, para atendimentos de pacientes pelo SUS.

“Este novo setor representa um avanço significativo na luta contra o câncer em nossa região. Nossa meta é garantir que os pacientes do SUS possam realizar seus tratamentos aqui, sem a necessidade de se deslocar para outras cidades, como acontece atualmente”, enfatiza o diretor administrativo do hospital, padre Nélio Schwanke.

Hoje, o Hospital Azambuja já realiza cirurgias oncológicas apenas em caráter particular ou por meio de convênios médicos. Para pacientes do SUS, o atendimento oncológico é restrito a emergências, sendo que, em casos regulares, os pacientes são encaminhados ao Hospital Santo Antônio.

Com uma estrutura moderna de 600 metros quadrados, o novo espaço de oncologia do hospital contará com recepção e áreas de espera, setor de quimioterapia adulto e pediátrico, espaço para manipulação e preparação de medicamentos, além de salas de emergência, garantindo um ambiente confortável, bem equipado e seguro para os pacientes. Além disso, o local terá capacidade para oferecer cirurgias oncológicas, atendimento ambulatorial e suporte integral aos pacientes.

“A equipe do serviço de oncologia já está totalmente contratada e preparada, e o hospital dispõe de UTIs e centro cirúrgico para suporte, se necessário”, explica o gestor hospitalar Gilberto Bastiani.

O projeto prevê ainda a expansão dos serviços com a abertura do setor de radioterapia em 2025, o que ampliará ainda mais a capacidade de atendimento oncológico da instituição.

Atendimentos oncológicos no Hospital Imigrantes

Estrutura do Hospital Imigrantes, administrado pelo Imas, está pronta para receber atendimentos privados | Foto: Hospital Imigrantes/Divulgação

A estrutura do setor de oncologia do Hospital Imigrantes está pronta para realizar atendimento, conforme a diretoria da instituição. O local já conta com o alvará expedido pela Vigilância Sanitária Estadual no último mês.

Segundo o diretor de Regulação e Implantação do Instituto Maria Schmitt (Imas), Robson Schmitt, foram investidos em torno de R$ 2 milhões para construir a estrutura.

Robson detalha que os medicamentos quimioterápicos e a equipe já estão disponíveis para iniciar os atendimentos. Agora, o hospital solicita o cadastramento dos convênios privados e está no processo de contratualização para disponibilizar o tratamento contra o câncer pelo SUS.

“É um grande sonho de Brusque e região, mas também nosso, de dar essa vocação ao hospital, que hoje é referência em cirurgia eletiva para o estado inteiro, de fazer o tratamento da oncologia com qualidade e segurança”, afirma.

“Hoje, temos condições de atender pacientes privados. O nosso contrato já prevê algumas cirurgias oncológicas de menor porte, mas a ideia é que tanto o Governo do Estado quanto o Ministério da Saúde se sensibilizem para contratualizar o mais rápido possível”, explica.

Ele detalha que, no local, foi montada uma estrutura de farmácia de manipulação interna, chamada Capela, para manipular o quimioterápico inteiramente no hospital.

“A grande maioria dos médicos que estão trabalhando conosco é de grandes centros, como o Hospital de Amor, anteriormente conhecido como Hospital de Câncer de Barretos, que vieram para Brusque e estão disponíveis para fazer o atendimento da população da melhor forma possível”, conta.

Robson aponta que o hospital poderá realizar via SUS procedimentos altamente complexos, como quimioembolização, quimioterapia dirigida e ablações por radiofrequência, caso seja habilitado. “São procedimentos que vamos oferecer, seja pelo SUS, se formos credenciados, ou pelo sistema privado, mas de altíssimo nível, que hoje apenas os grandes centros do Brasil realizam”, afirma.

A área de quimioterapia conta com cerca de 300 metros quadrados, distribuídos da seguinte forma: recepção com 80 metros quadrados, sala de quimioterapia com 120 metros quadrados e 100 metros de estrutura da farmácia de manipulação de quimioterápicos. Há ainda seis leitos de quimioterapia pediátrica, seis poltronas para adultos, 12 leitos de internação em oncologia e duas salas cirúrgicas disponíveis. Dos 21 leitos de UTI pediátrica, seis serão exclusivos para oncologia pediátrica.


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