Com uma gota de sangue, exame poderá detectar Alzheimer anos antes de os sinais surgirem

O Alzheimer é uma doença degenerativa, que geralmente é diagnosticado por meio de exames físicos, testes de memória e tomografias cerebrais, testes demorados que dificultam o tratamento da doença, caso o resultado seja positivo. Para resolver esse problema, cientistas da Escola de Medicina Chobanian & Avedisian, da Universidade de Boston, estudam métodos inovadores de diagnóstico.

Pesquisadores da Universidade de Boston tentam encontrar teste de diagnóstico inovador

Pesquisadores da Universidade de Boston tentam encontrar teste de diagnóstico inovador – Foto: Getty Images/ND

O estudo consistem em medir moléculas no sangue chamadas microRNAs plasmáticos (miRNAs), que controlam os genes responsáveis pelas funções cerebrais que se deterioram quando alguém tem o Alzheimer.

As pesquisas foram publicadas em dois artigos da revista Alzheimer’s and Dementia. Eles analisaram examinaram amostras de sangue de 803 participantes, em 60 centros médicos, dos Estados Unidos e Canadá.

Eles examinaram as moléculas de miRNA em amostras de plasma sanguíneo de três grupos de participantes: pessoas “cognitivamente normais”, “com comprometimento cognitivo leve” e pacientes com doença de Alzheimer.

Usando testes de miRNA em combinação com testes neuropsicológicos, os pesquisadores conseguiram prever se os participantes com declínio cognitivo leve desenvolveriam Alzheimer mais tarde.

Por molécula presente no sangue, o Alzheimer poderia ser detectada anos antes do primeiro sintoma

Por molécula presente no sangue, o Alzheimer poderia ser detectada anos antes do primeiro sintoma – Foto: Freepik/ND

“Os microRNAs podem servir como biomarcadores moleculares sanguíneos anos antes da doença de Alzheimer se manifestar clinicamente, identificando assim a janela de tempo para prevenção eficaz ou intervenção precoce para interromper a progressão do Alzheimer”, revelou ao The Sun a pesquisadora Ivana Delalle, da Universidade de Boston.

Embora vários novos tratamentos para a doença estejam sendo desenvolvidos e implementados, afirmou a pesquisadora, eles só podem funcionar se os pacientes forem diagnosticados o mais rápido possível.

Ou seja, caso a pesquisa evolua e chegue ao mercado, pode auxiliar as pessoas com o gene causador da doença a terem maior qualidade de vida.

Os sintomas de Alzheimer

Conforme o Ministério da Saúde, o Alzheimer engloba vários estágios, podendo aparecer de formas diferentes em cada pessoa.

A doença vai se agravando com o passar do tempo. A partir do diagnóstico, a expectativa de vida de um indivíduo oscila entre 8 e 10 anos.

Confira os sintomas mais comuns:

  • Falta de memória para acontecimentos recentes;
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
  • Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.
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