Mesmo preso, Dirlei Paiz seguirá na disputa ao cargo de vereador em Blumenau, diz advogado 

Candidato a vereador em Blumenau pelo PL (Partido Liberal), Dirlei Paiz foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira (16), após descumprir uma das medidas cautelares impostas pelo STF (Superior Tribunal Federal). Ele já havia sido preso em em agosto de 2023, na operação Lesa Pátria, que investiga os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

 

Em um vídeo gravado em frente ao Presídio Regional de Blumenau, o advogado de defesa, Jairo Santos, informou já ter realizado a audiência de custódia de Dirlei Paiz, junto ao STF.

“Ele tinha um mandado de prisão em aberto, saiu na imprensa, por ele ter descumprido uma ordem do STF que era a utilização das redes sociais. Ele acabou utilizando sem querer e foi então recolhido”, explicou.

Jairo comentou que agora, cabe a defesa fazer todos os requerimentos necessários ao STF. Ele ressaltou ainda que o motivo de Dirlei Paiz estar impedido de utilizar as redes sociais está relacionado às investigações relacionadas ao 8 de janeiro.

“Mesmo ele nem conhecendo Brasília, estava sendo investigado. Ele não é criminoso, não responde a nenhum crime, ele não é sequer réu. Mas, descumpriu essa medida de utilização de redes sociais e por ordem do STF, acabou recolhido novamente”, disse.

No vídeo, Jairo Santos explicou que o candidato, mesmo preso, segue na disputa ao cargo de vereador em Blumenau, uma vez que não possui condenação civil, administrativa ou criminal.

“A candidatura dele continua, até porque ele pode sair amanhã ou depois de amanhã”, finalizou.

Dirlei Paiz foi preso novamente após ação do Diretório do PT em SC

Antes da prisão, Dirlei Paiz era responsável pela Igreja Assembleia de Deus Missões, localizada na Rua Pastor Oswaldo Hesse, no bairro Ribeirão Fresco. Ele também ocupava o cargo comissionado de Coordenador Político na Câmara de Vereadores de Blumenau.

Em dezembro, ele foi liberado do presídio regional de Blumenau sob uso de tornozeleira eletrônica e restrição do uso de redes sociais. Ao se candidatar ao cargo de vereador, Dirlei voltou a aparecer em publicações vinculadas às redes sociais de familiares.

O Diretório do PT em Santa Catarina encaminhou à ação ao STF, no início de agosto, apontando diversas publicações de pré-campanha realizadas nas redes sociais de um familiar de Dirlei Paiz, alegando que ele descumpriu as medidas cautelares impostas pela Suprema Corte.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro do STF, Alexandre de Morais, com data em 29 de agosto, conforme consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

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