De Porto Alegre ao Havaí: a trajetória de Tatiana Weston-Webb

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Foto de Tatiana Weston-Webb durante a Olimpíada de Paris via Getty Images

Sean M. Haffey/Getty Images

Tatiana Weston-Webb levou a medalha de prata nos Jogos de Paris 2024

Depois de conquistar sua primeira medalha olímpica nas ondas do Taiti, Tatiana Weston-Webb encara a nona etapa do WSL, campeonato mundial de surfe, em Fiji, nesta semana. “Estou indo com ainda mais energia para vencer. Meu objetivo é manter a consistência do meu trabalho, me divertir nas baterias e, acima de tudo, mostrar meu amor pelo surfe.”

A surfista de 28 anos não voltou para casa após o pódio, mas tenta assimilar a conquista da prata inédita para o Brasil enquanto se prepara para a nova competição. “Ainda está caindo a ficha. Representar o Brasil em um evento tão importante e sair com esse resultado me enche de orgulho e gratidão.”

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Desde que escolheu representar o país em 2018, Tatiana coleciona conquistas. Neste ano, ela foi vice-campeã no ISA Games e, em 2023, ganhou o ouro nos Jogos Pan Americanos. Com uma torcida cada vez maior, a atleta celebra as novas conexões. “O carinho que recebi desde o início da Olimpíada foi muito importante para me dar mais força. A minha dedicação em representar o nosso país com orgulho tem sido reconhecida, me sinto realmente abraçada.”

Filha de peixe

A paixão da atleta pelo mar não surgiu de repente. Filha do surfista estadunidense Doug Weston-Webb e da ex-bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, a campeã nasceu em Porto Alegre e, com apenas dois meses de vida, foi para o Havaí. Rodeada pelas famosas praias e por duas figuras inspiradoras, o surfe naturalmente se tornou parte da vida da medalhista. Aos dois anos, ela já estava em cima de uma prancha, empurrada pelo pai. Aos oito, surfou sua primeira onda sozinha e, ainda criança, passou a competir em torneios locais — e não parou mais. “Quando peguei minha primeira onda, senti uma conexão imediata, algo que nunca mais quis deixar de lado.”

Não à toa, mesmo com 20 anos de dedicação ao esporte, Weston-Webb atribui o sucesso ao incentivo e apoio da família. Para ela, o foco e o preparo foram herdados do pai, enquanto a paixão e a resiliência vieram da mãe. “A combinação de culturas me ajuda a manter o equilíbrio entre ser competitiva e aproveitar cada momento dessa conexão com a natureza.”

Foto de Tatiana Weston-Webb ao lado dos pais e do irmão, Troy, via divulgação (acervo pessoal)

Divulgação

Tatiana Weston-Webb ao lado dos pais e do irmão, Troy

Onda de mulheres

Apesar dos desafios de mergulhar em um esporte majoritariamente masculino, Tatiana Weston-Webb encontra motivação na oportunidade de mudar o jogo. “Queria mostrar que as mulheres também têm lugar no esporte e que podemos competir em alto nível. Ao longo dos anos, vi o cenário mudar com mais mulheres entrando no surfe e ganhando visibilidade. É incrível fazer parte dessa evolução, ajudar a incentivar as meninas e abrir portas para as gerações futuras.”

Ao lado de surfistas mais jovens, a atleta se enche de orgulho. “É uma troca muito bonita. Nós sempre torcemos umas pelas outras, é como uma família mesmo. É um ciclo que fortalece o esporte e a todas nós como atletas.”

Ed Sloane/Getty Images

Ed Sloane/Getty Images

Tatiana Weston-Webb e Brisa Hennessey, da Costa Rica, na Olimpíada

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Com planos de continuar em cima de uma prancha enquanto puder, Tatiana vai encarar sua terceira Olimpíada em Los Angeles 2028, sua estreia foi junto com a inserção do surfe nos Jogos, em Tóquio 2020. “Independente do resultado, quero me superar a cada dia, dentro e fora do mar, e focar na jornada e na paixão pelo surfe.”

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