Thamila Zaher, do Grupo SEB: “Errei cedo, aprendi rápido”

Joel Silva

Thamila Zaher foi destaque na lista Mulheres de Sucesso da Forbes neste ano

Aos sete anos, Thamila Zaher já acompanhava as reuniões do pai, o empresário de origem libanesa Chaim Zaher, fundador do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro). Dez anos depois, assumia o primeiro cargo executivo, como diretora administrativa de uma das escolas da empresa, e, aos 19, já havia ampliado as funções para seis praças diferentes. Hoje, é diretora-executiva e conselheira da companhia. “Pude compreender cedo as responsabilidades e desafios diários da gestão e entender como as decisões que tomamos impactam a vida de muitas pessoas. Começar nova me permitiu errar cedo e aprender rápido. Foi uma construção muito bonita, da qual me orgulho.”

Uma das principais empresas de educação no Brasil, o Grupo SEB atua em 40 países e tem uma rede de 350 mil alunos. No portfólio, estão marcas reconhecidas no mercado, que vão do ensino básico ao ensino superior, como as redes Pueri Domus, Concept e Maple Bear. A família Zaher tem ainda participação de 10% no YDUQS, empresa dona da Estácio e do Ibmec.

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“Tenho várias conquistas para celebrar ao longo da minha carreira. Realmente tive o privilégio de coliderar com pessoas que acreditaram no mesmo propósito e de receber grandes desafios desde cedo”, diz Thamila, que destaca dois momentos desafiadores entre os maiores sucessos de sua trajetória: a construção da Concept, uma “escola totalmente inovadora”, para a qual teve que “repensar e reconstruir o modelo de educação”; e a aquisição e expansão da Maple Bear, rede global de escolas bilíngue.

“O timing da nossa entrada foi um pouco antes da pandemia, e lidar com um negócio internacional compreendendo as diferenças e colocando excelência no processo foi um grande aprendizado. São dois momentos muito marcantes para mim e que com certeza me fizeram entender que a educação é um mundo de possibilidades.”

Como uma mulher herdeira de um conglomerado de sucesso, relata já ter sofrido com casos de machismo e misoginia, mas nada que a afastasse de seus objetivos: “Acredito que toda mulher em cargo de liderança já tenha passado por situações desse tipo. Mas isso nunca foi impeditivo de nada para mim – muito pelo contrário, aí sim é que eu agia para mostrar que isso não era capaz de me diminuir”.

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Questionada sobre seu modo de liderar, diz acreditar em potencializar os talentos ao seu redor e oferecer sempre um olhar empático. “Vejo meu estilo de liderança como uma busca genuína para que todos tenham um lugar ao sol conectados a um propósito maior. O exemplo, a mediação, a coconstrução, a assertividade e a transparência são alguns dos princípios que permitem que o líder seja de fato uma mola propulsora para que todos possam atingir seus objetivos.”