O caminho do lixo e a responsabilidade de cada cidadão

Todos os dias geramos algum tipo de resíduo. Sejam restos de comida, embalagens ou rejeitos. E a forma como separamos esse lixo faz muita diferença no reaproveitamento e reciclagem.

O trabalho de recolhimento do lixo das cidades fica por conta das equipes das empresas responsáveis pela destinação dos resíduos - Foto: Reprodução/Jacson Botelho

O trabalho de recolhimento do lixo das cidades fica por conta das equipes das empresas responsáveis pela destinação dos resíduos – Foto: Reprodução/Jacson Botelho

Assim que colocamos nas lixeiras, o trabalho de recolhimento fica por conta das equipes das empresas responsáveis pela destinação. Os caminhões vão passando de rua em rua pegando os sacos. Mas é preciso observar o dia certinho que cada caminhão passa.

A coleta é dividida entre reciclados e orgânicos, pois cada um tem um destino diferente. Valter Francisco Schurhaus Filho é encarregado operacional da empresa responsável pelo recolhimento do lixo em São Jose e explica que o processo de separação dos resíduos começa ainda dentro das residências.

“Se dentro de casa começar a fazer a coisa errada, lá para os coletores, motoristas e a destinação final vai dar tudo errado. Então, dentro de casa tem que fazer a separação correta do material orgânico e do material reciclado separando em sacos separados e dias e horários separados. Hoje muita gente coloca o lixo na sua lixeira no mesmo dia que vai coletar o orgânico, então, tem que se programar para o dia da coleta que o lixo orgânico vai passar não colocar o reciclado junto”, explica.

Lixo seco, sempre limpo

A mistura dos resíduos inviabiliza a destinação para os pontos de reciclagem, assim como a sujeira. Pois, é preciso que tudo esteja limpo.

“Tem que separar, mas do modo correto. É lavar e separar o que é bom do que é ruim. Hoje, muita gente acha que papelão é reciclado, depende, o papelão de pizza que é sujo ele não é reciclado, ele vai pro orgânico. Vidro tem que estar lavado, a cerveja da garrafa precisa estar lavada porque se vier com resíduo dentro esse material é descartado. Material reciclado tem quem estar 100% limpo para ir pra associação onde é prensado e isso levado de novo pra fabrica e retorna em sacola e outros materiais”, destaca Valter.

Além da separação entre lixo orgânico e reciclável, é importante que o material seco esteja limpo para que possa ser reaproveitado - Foto: Reprodução/Jacson Botelho

Além da separação entre lixo orgânico e reciclável, é importante que o material seco esteja limpo para que possa ser reaproveitado – Foto: Reprodução/Jacson Botelho

Cuidado com os vidros

Atualmente, algumas cidades do estado tem coletores específicos para vidros que ficam nas ruas. Mas, para quem coloca na lixeira de casa a atenção precisa ser redobrada para que não quebre e possa ferir um coletor.

Lucas Henrique Nascimento Viana trabalha no trabalho de coleta, em São José, e explica como descartar matérias perigosos.

“A gente orienta muito que a pessoa coloque em garrafas pet, corte, bote o vidro quebrado dentro, passe uma fita e coloque separado do lixo, pois quando a pessoal responsável vir coletar vai pegar aquele lixo e vai pegar aquele vidro para colocar no local correto. O mesmo deve ser feito com seringa, agulha, tesoura e qualquer material que possa perfurar mão, braço, pé de um coletor”, ressalta Lucas.

Destino do caminhão

Das ruas o caminhão tem dois destinos. Se for material reciclado vai para as cooperativas parceiras. Se for rejeito vai para o aterro sanitário.

Em Joinville, na maior cidade do estado, os caminhões depositam os resíduos em área especifica onde uma equipe de muitos profissionais trabalha com responsabilidade para garantir a proteção ao meio ambiente e o respeito às leis ambientais.

Se o caminhão conter material reciclável, vai para as cooperativas parceiras. Se conter rejeitos orgânicos, vai para o aterro sanitário - Foto: Reprodução/Jacson Botelho

Se o caminhão conter material reciclável, vai para as cooperativas parceiras. Se conter rejeitos orgânicos, vai para o aterro sanitário – Foto: Reprodução/Jacson Botelho

Everton Herzer, gerente técnico do local, explica que no espaço onde é feita a disposição final dos resíduos, há uma série de serviços.

“A descarga, a compactação, a drenagem dos gases, do liquido que é gerado da decomposição, a drenagem das aguas da chuva, é um serviço extremamente complexo que acontece após a passagem do caminhão na frente de nossas casas”, analisa Everton.

Resíduos grandes

Aquele eletrodoméstico, o eletrônico, aquele guarda roupa que não tem mais utilidade, o resto de obra. Fazemos o quê?

Municípios como São José, Balneário Camboriú e Itajaí já disponibilizam espaços como o PEV – o ponto de entrega voluntária de pequenos volumes. Um espaço que garante que nada fique jogando por aó, poluindo o meio ambiente e causando transtornos à cidade.

Os locais onde os PEVs funcionam estão disponíveis no site da Ambiental.

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