Polícia apreende nota falsa de R$ 420 estampada com bicho-preguiça e folhas de maconha

Uma nota falsa no valor de R$ 420 foi apreendida pela Polícia Militar do Paraná, na quarta-feira (3), em Curitiba, capital do estado. De cor verde e com folhas de maconha e um bicho-preguiça estampados, a cédula faz alusão à marcação de tempo 16h20, conhecida como horário de consumo entre os usuários da droga.

Nota falsa tem maconha estampada

De cor verde e com folhas de maconha e um bicho-preguiça estampados, a nota falsa faz alusão à marcação de tempo 16h20, conhecida como horário de consumo entre os usuários da droga – Foto: Divulgação/PM-PR/ND

Segundo a Polícia Militar, a cédula falsa foi encontrada na carteira de um homem, no Bairro Boqueirão. Com ele, os policiais também apreenderam 46 pedras de substância análoga a crack e cerca de 40 pinos de substância análoga a cocaína.

O suspeito foi preso e encaminhado à Central de Flagrantes de Curitiba. Como seu nome não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa.

Outro caso envolvendo a nota falsa

Essa não é a primeira vez que a polícia se depara com uma nota de R$ 420. Em 2021, em Unaí, cidade do interior de Minas Gerais, um idoso chegou a cair em um golpe com uma nota falsa. Na época, ele recebeu o pagamento de uma dívida no valor de R$ 100 com uma cédula “de bicho-preguiça e maconha” e ainda devolveu o troco ao golpista.

Nota de R$ 420 usada para pagar empréstimo de R$ 100 – Foto: Reprodução PM

Somente no ano passado, mais de 250 mil cédulas falsas foram apreendidas no país, segundo o Banco Central.

Vale ressaltar que a falsificação de cédulas configura crime, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. O Código Penal brasileiro ainda prevê que a pessoa que souber que a nota é falsa e tentar colocá-la em circulação pode ser condenada de 6 meses a 2 anos de cadeia.

Como identificar uma nota falsa

Conforme informado pelo Banco Central, há, atualmente, mais de 7,7 milhões de cédulas e cerca de 31 milhões de moedas circulando no Brasil. As notas podem ser encontradas nos valores de R$ 200, R$ 100, R$ 50, R$ 20, R$ 10, R$ 5, R$ 2 e R$ 1 (embora não sejam mais impressas).

Segundo orienta o Banco Central, no caso das cédulas mais novas, as da segunda família do real, cuja impressão começou em 2010, as pessoas devem atentar-se:

  • À marca-d’água: ao segurar a nota contra a luz, aparece o animal ao qual a nota se refere à esquerda do rosto da Efígide da República;
  • Ao número escondido: com a nota na posição horizontal e na altura dos olhos, é possível ver o valor da moeda escondido à direita do rosto;
  • À faixa holográfica prateada: ela está presente do lado esquerdo das notas de R$ 50 e R$ 100;
  • Ao número que muda de cor: característica presente nas notas de R$ 10, R$ 20 e R$ 200;
  • Às barras de alto-relevo: localizadas no canto inferior direito da cédula.

Além disso, as notas da segunda família do real possuem um “quebra-cabeça” localizado abaixo da escrita ‘República Federativa do Brasil’ e um fio de segurança sobre o rosto da República, os quais revelam o valor da cédula ao colocá-la contra a luz.

Já nas notas da primeira família, lançadas em 1994, a orientação do Banco Central é verificar:

  • A marca d’água;
  • A imagem latente, que revela as letras “BC” ao se deitar a nota;
  • O registro coincidente: elemento que mostra o brasão de armas completo ao se colocar a nota contra a luz;
  • O alto-relevo sobre valores, o rosto e o animal;
  • A faixa holográfica, presente nas notas de R$ 20.

Há, atualmente, mais de 7,7 milhões de cédulas e cerca de 31 milhões de moedas circulando no Brasil – Foto: Divulgação/Banco Central/ND

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