FCF rebate Hercílio Luz e adiciona novo capítulo à polêmica do VAR no Campeonato Catarinense

A FCF (Federação Catarinense de Futebol) rebateu as alegações, por parte do Hercílio Luz, de que não houve acerto com o clube na definição da presença de VAR durante as partidas contra o Criciúma pelas quartas de final do Campeonato Catarinense 2024.

Por meio de nota oficial divulgada nesta quarta-feira (6), a Federação relembrou a aprovação unânime entre os clubes do Regulamento Específico da Competição – afirmando que o clube não sugeriu alterações ao documento apresentado.

Var campeonato catarinense

VAR operou, por walkie talkie, no clássico de Florianópolis – Foto: Reprodução/NSports

“Entendemos o descontentamento do Hercílio Luz SAF, e aproveitamos para sugerir que o filiado lembre de registrar as alterações que julgue necessárias no REC, para o campeonato de 2025”, diz o documento.

Ainda, cita a utilização da tecnologia em 2023 no estádio Aníbal Costa que, segundo o Hercílio, não teria a estrutura necessária para dispor número suficiente de câmeras à equipe de arbitragem.

Ambas as partes se calçam no aval da empresa responsável pela instalação do VAR, mas de maneira incongruente – enquanto o clube afirma que esta teria vetado a presença da tecnologia no Aníbal Costa, a Federação diz que o laudo técnico apresentado garantiria as condições necessárias para tal.

Desacerto entre presidentes

A nota prossegue, “repudiando veementemente as acusações sobre a idoneidade e a integridade do presidente” da FCF, Rubens Angelotti.

O cerne da alegação do Hercílio Luz é de que Angelotti teria “faltado com a verdade” e “cedido às pressões” ao desfazer um acordo previamente apalavrado com o clube – de que não haveria VAR sem consenso de ambas as equipes.

O texto diz que Rubens teria se sentido ofendido “ao ver colocado em dúvida a sua honra e valores” – completando de que o suposto acordo teria sido equivocadamente interpretado pelo CEO do Hercílio Luz, Vinicius Gaidzinski.

“A conduta do presidente Rubens Renato Angelotti sempre foi de imparcialidade, transparência e busca pela harmonia entre as instituições, com foco em manter uma relação de apoio e respeito a todos os seus filiados, entre eles o centenário e bicampeão estadual, Hercílio Luz”, completa o documento.

O que diz o regulamento do Campeonato Catarinense 2024

A decisão da Federação se baseia no parágrafo único do artigo 149 do documento, que dita que “o uso de Árbitros de Vídeo deverá ocorrer a partir do momento em que a Comissão de Arbitragem apresente condições técnicas e materiais, o que poderá se dar no curso de qualquer das competições que coordena, independente de fase”.

Complementando pelo inciso 4, que estipula que “os clubes disputantes das competições coordenadas pela FCF aceitam que [o VAR] poderá ser utilizado em todas ou algumas partidas da competição, sempre que possível”.

A alegação do Hercílio Luz, no entanto, é de que neste caso não seria possível – substanciando com o mesmo parágrafo único do mesmo artigo 149, uma vez que o estádio Aníbal Costa “não oferece as condições necessárias para que um número aceitável de câmeras seja disponibilizado à arbitragem”, mencionando laudo da empresa responsável pela instalação da tecnologia.

Esbarra, porém, no proposto e assinado de que cabe somente à Federação a decisão final sobre quais jogos receberão o equipamento no Campeonato Catarinense.

“A FCF é a realizadora da competição e cabe a ela a decisão final, quando há divergência entre interesses dos seus clubes filiados”, completa a FCF.

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