Perda do olfato: Nariz dá sinais para o diagnóstico precoce de demência

No Brasil, pelo menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência, condição que afeta a memória e o discernimento. A maioria delas não tem diagnóstico, privando-as do tratamento adequado para controlar os sintomas que surgem com a progressão da doença.

Descobertas sugerem que o nariz pode ser uma janela para o diagnóstico precoce da demência

Descobertas sugerem que o nariz pode ser uma janela para o diagnóstico precoce da demência. – Foto: freepik/ND

No entanto, um estudo do National Institute of Aging, nos Estados Unidos, revela uma possível conexão entre a perda do olfato e o desenvolvimento de demência, incluindo a doença de Alzheimer.

Este estudo, que acompanhou 364 participantes ao longo de cerca de dois anos e meio, descobriu que pontuações mais baixas nos testes olfativos estavam associadas a uma maior chance de desenvolver comprometimento cognitivo leve, um precursor do Alzheimer e outras formas de demência.

Resultados surpreendentes

Os resultados deste estudo são reveladores. Cada ponto de menor desempenho nos testes olfativos estava correlacionado a uma chance 22% maior de comprometimento cognitivo.

Além disso, os participantes com maior declínio olfativo ao longo do tempo apresentaram níveis mais elevados de biomarcadores associados ao Alzheimer, indicando que a perda do olfato está intimamente ligada ao desenvolvimento e progressão dos danos neuropatológicos observados nesta doença.

Nariz pode ser uma forma de diagnóstico precoce

No Brasil, pelo menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência

No Brasil, pelo menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência – Foto: Stockking/ND

As descobertas sugerem que o nariz pode ser uma janela para o diagnóstico precoce da demência. A perda do olfato, muitas vezes negligenciada como um sintoma de envelhecimento normal, pode na verdade ser um sinal de alerta precoce de problemas cognitivos mais sérios.

Portanto, a inclusão de testes olfativos simples em avaliações de rotina pode ajudar a identificar indivíduos em risco de desenvolver demência, permitindo intervenções precoces que podem melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença.

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