Mulheres tratadas por médicas têm menor taxa de mortalidade, diz pesquisa

Um estudo publicado no Annals of Internal Medicine revelou que pacientes idosos, especialmente mulheres, apresentam menores taxas de mortalidade e readmissão hospitalar quando tratados por médicas.

Gênero do médico influencia significativamente os resultados de saúde em pacientes femininas

Gênero do médico influencia significativamente os resultados de saúde em pacientes femininas – Foto: Freepik/ND

A pesquisa analisou dados de mais de 800 mil pacientes do Medicare, sistema de seguros de saúde dos Estados Unidos, com 65 anos ou mais, hospitalizados entre 2016 e 2019.

Mulheres tratadas por médicas têm mais chances de viver quando tratadas por médicas

A análise mostrou que 8,15% das mulheres tratadas por médicas morreram em 30 dias, comparado a 8,38% das tratadas por médicos do sexo masculino. Essa diferença de 0,24% entre médicos e médicas representa aproximadamente 5.000 vidas femininas.

Em termos de readmissão, a diferença foi de 0,48%, o que significa 1 readmissão a cada 208 hospitalizações.

Mulheres podem se sentir mais confortáveis em compartilhas seus problemas com médicas

Mulheres podem se sentir mais confortáveis em compartilhas seus problemas com médicas – Foto: Freepik/ND

A pesquisa sugere que a melhor comunicação e empatia das médicas podem contribuir para os melhores resultados, especialmente para as mulheres, que são mais propensas a terem seus sintomas subestimados, especialmente por médicos do sexo masculino.

Não recusar tratamentos de médicos homens

Preeti Malani, Diretora de Saúde nas Divisões de Doenças Infecciosas e Medicina Geriátrica da Universidade de Michigan, afirma que, embora o estudo sugira uma vantagem em ser tratada por médicas, não se deve recusar o tratamento de um especialista do sexo masculino.

“Precisamos entender por que essas diferenças existem para então mudar o cenário”, afirma a especialista.

Tratamento por médicas reduz mortalidade

Tratamento por médicas reduz mortalidade – Foto: Freepik/ND

Vale lembrar que esse estudo foi realizado com base nos dados de saúde dos Estados Unidos, portanto não se deve comparar ao Brasil.

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