Bolsonaro é ovacionado durante evento evangélico em Camboriú

Um evento de adoração marcou o último ponto do itinerário de Jair Bolsonaro (PL) em Santa Catarina. Durante a noite de terça-feira, o ex-presidente visitou o 39º Congresso dos Gideões – evento evangélico que ocorre anualmente em Camboriú. No Sábado de Aleluia católico, há pouco mais de duas semanas, Bolsonaro também optou por visitar Santa Catarina – na cidade vizinha, Balneário Camboriú.

Desta vez, a expectativa da recepção foi quebrada por uma entrada morna. Com quase uma hora de atraso, Jair Bolsonaro chegou com longa escolta e logo entrou na igreja, sem as interações contumazes com apoiadores. Quem acenou foi o deputado federal Zé Trovão (PT), um dos integrantes da comitiva que acompanhou o ex-presidente.

A sensação da chegada foi rapidamente sobreposta por uma recepção calorosa ao entrar na igreja.

Irmãos, nós estamos em um culto – disse o pastor para conter os ânimos dos fiéis que se empolgavam e buscavam espaço para tirar fotos com Bolsonaro.

Apesar da longa lista de políticos presentes – do ex-prefeito de Balneário Camboriú e pré-candidato a prefeito de Camboriú, Edson Piriquito (MDB), que doou R$ 1 mil aos Gideões, a Jair Renan (PL), filho 04 de Bolsonaro que concorre a vaga na Câmara de Balneário Camboriú -, falaram apenas, e brevemente, Jorginho Mello (PL) e o próprio ex-presidente.

Primeiro com o microfone, o governador catarinense, que é católico, acenou ao eleitorado evangélico e pediu orações para que o Estado “continue sendo o melhor do Brasil”.

Vocês cuidam da coisa mais preciosa desse mundo, que é a pessoa humana, o ser humano. O maior tesouro da terra está na pessoa humana e vocês fazem isso. Todo santo dia, toda hora. Muitas vezes numa conversa boa, numa oração, vocês encaminham a pessoa. E é isso que estamos precisando, que o mundo precisa – disse Jorginho aos evangélicos.

Em seguida, muito ovacionado e chamado pelo pastor apenas pelo nome do meio, Messias, Bolsonaro agradeceu o “milagre da facada e do ferimento” e os quatro anos na presidência – em que enfrentou a pandemia, a crise hídrica e “outro poder que muito mais prejudicava do que ajudava”. Incentivou o público presente a eleger aliados nas disputas nas urnas em 2024 e 2026. Ainda, elogiou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é evangélica.

A verdade sempre pode tardar, mas ela chega. Obrigado pelas citações como “melhor presidente do Brasil”, mas tivemos sim a melhor primeira-dama do Brasil. Uma pessoa evangélica. Se não tivéssemos a solidez da família ao nosso lado, não chegaríamos a lugar nenhum. Tivemos dificuldade, mas porque escolhi um lado. Um lado que nenhum chefe de Estado esteve: ficar ao lado do seu povo. Não é fácil, o sistema é poderoso, mas sabemos que o mal não é eterno e o bem sempre o vence. Estamos vendo nos últimos dias, que veremos nos próximos, é que algo divino está acontecendo. Brevemente estaremos libertos – finalizou.

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