Maruim: cidade de SC que decretou situação de emergência recorre a drones para deter infestação

Um inseto pequeno, mas que trouxe um problema enorme para Luiz Alves, no Vale do Itajaí. O maruim levou a Prefeitura Municipal decretar situação de emergência e tem afetado o dia a dia de moradores de áreas rurais e urbanas. Na última semana, o primeiro teste de aplicação do controlador biológico com o uso de drone começou no município.

Primeiro teste de aplicação do controlador biológico com o uso de drone em Luiz Alves  - Divulgação/Prefeitura de Luiz Alves//ND

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Primeiro teste de aplicação do controlador biológico com o uso de drone em Luiz Alves – Divulgação/Prefeitura de Luiz Alves//ND

Uso de drones para a aplicação do Controlador Biológico do Maruim começou na última semana em Luiz Alves - Divulgação/Prefeitura de Luiz Alves//ND

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Uso de drones para a aplicação do Controlador Biológico do Maruim começou na última semana em Luiz Alves – Divulgação/Prefeitura de Luiz Alves//ND

De acordo com a Prefeitura de Luiz Alves, os testes ocorrem como forma de validação da aplicação. Diversos aspectos passam a ser observados para chegar aos resultados e determinar a forma mais eficiente que poderá ser adotada para minimizar a proliferação do inseto.

O controlador foi desenvolvido pelo Cigamvali (Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu), depois que o município contratou de forma independente os pesquisadores que desenvolveram o produto, avançando em testes e pesquisas.

“A ideia é testar diferentes concentrações do produto, pulverizações em níveis diferentes e outras estratégias, visando alcançar o melhor resultado. Vale lembrar que o produto não mata o maruim adulto, ele impede que os ovos depositados pela fêmea se desenvolvam”, explicou o Poder Público.


Aplicação do produto com drone foi realizada na quinta-feira (18) – Vídeo: Divulgação/Prefeitura de Luiz Alves//ND

O uso do drone começou na localidade Rio Canoas, um dos bairros mais afetados pela infestação de maruim, e seguiu em diversas outras regiões de Luiz Alves. Escolas e clubes com campo de futebol, locais de uso comum e com grande concentração de pessoas, também foram  priorizados com a passagem do equipamento pulverizador.

O produto biológico não contêm, em sua composição, nenhuma substância química. Ou seja, não faz mal à saúde. A nova aplicação deve ocorrer dentro de 15 dias.

Entenda a origem do maruim

O professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Carlos José de Carvalho Pinto, esclareceu que após copular, as fêmeas colocam os ovos em locais úmidos e com bastante matéria orgânica.

Picada do Maruim pode causar dor, urticária e vermelhidão - Prefeitura de São José

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Picada do Maruim pode causar dor, urticária e vermelhidão – Prefeitura de São José

Infestação de maruim leva cidade do Vale do Itajaí a decretar situação de emergência - Jaqueline Fischer/Reprodução ND

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Infestação de maruim leva cidade do Vale do Itajaí a decretar situação de emergência – Jaqueline Fischer/Reprodução ND

Maruins tem interferido na qualidade de vida dos moradores  - Jaqueline Fischer/Reprodução ND

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Maruins tem interferido na qualidade de vida dos moradores – Jaqueline Fischer/Reprodução ND

Picada do Maruim pode causar dor, urticária e vermelhidão - Reprodução/NDTV

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Picada do Maruim pode causar dor, urticária e vermelhidão – Reprodução/NDTV

A partir disso, as larvas podem se criar em mangues, brejos, pântanos ou matéria orgânica em decomposição. Em Santa Catarina, por exemplo, as fêmeas colocam ovos em restos de bananeiras, um ambiente úmido e com matéria orgânica.

Para evitar a proliferação do maruim, o professor explica que é preciso acabar com os ambientes que a espécie usa como criadouros para larvas. “No caso da plantação de bananeiras, uma medida de controle seria juntar os restos das bananeiras e cobrir com um plástico, por exemplo. Mas sei que isto só seria viável em pequenas plantações”.

Para se proteger dos mosquitos, o recomendado é usar calças, caçados, meias grossas e camisa de manga comprida. “Ou seja, tampando o corpo para evitar picadas, embora isso seja desconfortável no clima quente. Pode-se também usar repelentes para diminuir as picadas”, comentou o professor.

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