Trabalhador pode ter sido morto por engano em ponto de ônibus no Planalto Norte de SC

Os tiros que atingiram o trabalhador Everson Moreira, de 51 anos, na manhã do dia 14 de março em Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina, tinham como alvo outra pessoa. É o que acredita a Polícia Civil, que investiga o assassinato e já prendeu dois suspeitos.

Trabalhador tinha 51 anos

Trabalhador morreu no hospital – Foto: Acervo pessoal/Reprodução/ND

Segundo o delegado Eduardo de Mendonça, os suspeitos não sabiam exatamente quem era o alvo que deveriam executar. “Nas imagens, nós tínhamos que os motoqueiros eles passam duas vezes na frente da vítima antes de cometer o crime. O que demonstra que eles não conheciam ou não sabiam corretamente quem era a pessoa, dando mais a entender que foi um erro de execução”.

O trabalhador estava em um ponto de ônibus para ir ao trabalho, acompanhado de uma mulher e outro homem. De repente, uma motocicleta com duas pessoas se aproximou e o garupa efetuou diversos disparos. Everson chegou a ser socorrido mas morreu no hospital.

Colega do trabalhador ajudou a identificar suspeitos

Um dos colegas que estavam no ponto de ônibus era um homem identificado como Juliano. Ele afirmou à Polícia Civil acreditar que seria o alvo dos disparos, e não Everson.

“No próprio local, a gente tinha duas testemunhas. Uma senhora que pegava o ônibus ali com ele. E um outro homem. Um tal de Juliano, que era companheiro de trabalho. Esse tal de Juliano, que seria colega dele, já começou a afirmar que a vítima, Everson, foi por engano, e que os disparos deveriam ser para ele”, afirma Eduardo de Mendonça.

Ainda conforme o delegado, Juliano teria uma dívida com uma facção criminosa e a morte dele foi encomendada. Sabendo quem poderia ser a dupla que executou o crime, ele deu pistas para a Polícia Civil.

As equipes de investigação passaram duas semanas analisando imagens de câmeras de monitoramento e ouvindo testemunhas e informantes para identificar os autores do crime.

Câmeras de segurança ajudaram a identificar suspeitos – Foto: Polícia Civil/Reprodução/ND

As informações colhidas confirmaram que os criminosos eram, de fato, de uma facção criminosa e fugiram para o Estado do Paraná após o crime.

A Polícia Civil apresentou uma representação à Justiça e teve autorização para prender os dois suspeitos. Agora, a investigação irá tentar identificar o mandante do crime e qual seria a dívida que Juliano tinha com a facção.

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