
Carlo Ancelotti teve uma estreia que reflete bem os desafios que encontrou ao assumir a Seleção Brasileira em maio. O italiano foi anunciado pela CBF em 12 de maio como “o maior técnico da história” e assumiu o comando do Brasil até a Copa do Mundo de 2026.
Seus dois primeiros jogos nas Eliminatórias mostraram resultados opostos: na estreia, o Brasil ficou apenas no empate em 0 a 0 com o Equador, em Guayaquil, pela 15ª rodada das Eliminatórias. Nesse jogo, o Brasil não apresentou nada brilhante, e trouxe um ponto pra casa. Foi uma apresentação que não empolgou, mantendo as dificuldades que a Seleção já vinha enfrentando. Talvez a organização defensiva possa ter chamado um pouco da atenção.
Já no segundo jogo, houve uma melhora significativa: o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0 garantindo a classificação antecipada para a Copa. Entre os dois jogos, Ancelotti optou por uma formação mais ofensiva contra o Paraguai, com a entrada de Raphinha entre os titulares.
O que chama atenção é que, mesmo com toda a experiência e currículo de Ancelotti no futebol de clubes, a transição para seleções não é automática. Nas datas de setembro, Ancelotti fará efetivamente a sua primeira convocação, indicando que o técnico está construindo uma nova base para a equipe.
Os primeiros jogos sugerem que Ancelotti ainda está em processo de adaptação ao futebol sul-americano e às particularidades da Seleção Brasileira. O empate com o Equador mostrou as mesmas limitações técnicas e táticas que vinham incomodando o Brasil, mas a vitória sobre o Paraguai e a classificação antecipada para 2026 deram fôlego ao trabalho do experiente treinador italiano. Tem espaço pra melhorar.
Janela
O Brusque trouxe três reforços na mini-janela de transferências que fechou na última terça, mas não preencheu as lacunas por completo: o lateral Caio Gomes chegou para o lugar de Mateus Pivô, lesionado. Já o meio-campo Bernardo veio para ajudar em um setor carente do time. E a chegada de Clinton só substitui a saída de Vini Faria para o Paysandu, lanterna da Série B. Faltou um homem de referência de ataque para a vaga de Álvaro, que lamentavelmente rompeu o tendão de aquiles e não joga mais neste ano. Para mim, não acrescentou muito ao time. A política de contratações da SAF tem sido trazer jogadores jovens e baratos, e ninguém pra ajudar a resolver.
Renaux
Depois de duas semanas, o Carlos Renaux volta a campo domingo para enfrentar o fraco time do Porto, pela terceira rodada do Catarinense da Série B. O time do técnico Luiz Carlos Cruz fez uma partida muito fraca na estreia, e precisa provar que pode render mais para buscar o acesso. A tendência é de vitória fora de casa contra um candidato ao rebaixamento, mas o futebol tem que melhorar.
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