Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Durante a cerimônia de abertura do Women’s Pavilion na Expo 2025, em Osaka, na última quarta-feira (21), Amal Clooney protagonizou um dos momentos mais impactantes do evento ao trazer uma revelação inédita e reforçar a urgência de ações concretas na luta por igualdade de gênero. Diante de uma plateia atenta e emocionada, a advogada de direitos humanos e cofundadora da Clooney Foundation for Justice começou sua fala com uma “breaking news”: ainda não anunciado oficialmente, será lançado em outubro o Oxford Institute for Technology and Justice, fruto de uma parceria entre a universidade britânica e a fundação liderada por ela. O novo instituto terá como missão usar a tecnologia e a inteligência artificial para ampliar o alcance dos programas de justiça da fundação em todo o mundo.
A surpresa veio logo após Amal agradecer à organização do evento e ao governo japonês pela recepção. Com um discurso firme e pessoal, a advogada lembrou que, ao arrumar as malas para vir ao Japão, pensou em seus filhos gêmeos de oito anos — um menino e uma menina — e em como seria difícil explicar a eles que, em muitas partes do mundo, as oportunidades continuam sendo negadas às meninas, independentemente de seus talentos ou sonhos.
“Eles ficariam chocados ao saber que há tantos lugares onde, por mais brilhante que uma menina seja, certas liberdades e chances de vida só são dadas ao irmão dela. E é exatamente por isso que estamos aqui”, afirmou.
Clooney também destacou dados alarmantes, como o fato de que 12 milhões de meninas se tornam noivas infantis todos os anos e que a violência de gênero e a desigualdade no mercado de trabalho continuam a impedir o progresso feminino em escala global. E embora existam avanços legais em vários países, segundo ela, o problema persiste pela ausência de mecanismos que garantam a aplicação real desses direitos.
“Em muitos países, temos leis lindas e tratados assinados, mas, sem advogados e juízes independentes que ajudem essas mulheres a reivindicar seus direitos, nada muda de verdade”, disse.
Por meio da iniciativa Waging Justice for Women, a Clooney Foundation for Justice oferece representação legal gratuita para mulheres vítimas de abusos de direitos humanos em todo o mundo. A atuação, segundo Amal, parte do princípio de que a justiça não acontece sozinha. “A história não avança em linha reta. Mas a curva da história tende à justiça, porque indivíduos a forçam para lá.”
Até agora, o programa já atendeu mais de cinco mil meninas na África, atuou em mais de mil casos e, segundo Clooney, mantém um índice de sucesso de 100% em tribunais internacionais e organismos multilaterais. Ela ainda revelou que a fundação trabalha diretamente em comunidades onde o casamento infantil é endêmico, como em regiões do Maláui, oferecendo apoio jurídico em parceria com organizações locais.
A advogada também reforçou o papel essencial da colaboração entre setores — incluindo empresas de tecnologia, escritórios de advocacia e outras fundações filantrópicas — para ampliar o impacto dessas ações. Ela mencionou parcerias com empresas como a Microsoft e anunciou que a nova iniciativa com Oxford surge justamente dessa articulação entre academia, setor privado e filantropia.
Entre outros destaques, Amal celebrou sua parceria com líderes como Michelle Obama e Melinda French Gates. Juntas, suas fundações uniram forças com o objetivo ambicioso de erradicar o casamento infantil. “Com mais colaboração, unidade e compromisso, podemos definitivamente alcançar um futuro melhor.”
Sua fala, ao mesmo tempo inspiradora e pragmática, marcou um tom poderoso para a inauguração do Women’s Pavilion, que tem como objetivo amplificar vozes femininas e provocar conversas globais sobre equidade, inclusão e justiça social.
O post Amal Clooney Anuncia Instituto Inédito em Oxford para Mulheres na Abertura do Women’s Pavilion na Expo 2025, em Osaka apareceu primeiro em Forbes Brasil.
