Rico Melquíades presta depoimento no Senado Federal – Foto: Rico Melquíades/@ricomelquiades/Reprodução/ND
O influenciador digital Rico Melquíades presta depoimento na “CPI das Bets” no Senado Federal nesta quarta-feira (14). A audiência está marcada para as 11h. Adélia de Jesus Soares, advogada de Deolane Bezerra, também será ouvida.
Rico foi chamado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI. Ela quer que ele explique seu possível envolvimento com a Operação Game Over 2, da Polícia Civil de Alagoas.
Essa operação investiga influenciadores que estariam ajudando a divulgar apostas online ilegais. Durante as investigações, a polícia apreendeu celulares, um carro e bloqueou contas bancárias.
Rico Melquíades presta depoimento ao vivo; acompanhe
“A atuação de Rico Melquíades como influenciador digital com grande alcance nas redes sociais é relevante para a apuração do uso indevido de publicidade digital na disseminação desses jogos”, afirmou a senadora Soraya no requerimento.
A defesa do influenciador acionou o STF solicitando que ele não fosse obrigado a comparecer ou, alternativamente, que tivesse assegurado o direito ao silêncio. O pedido foi analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, que manteve a convocação, mas garantiu que Melquíades poderá permanecer em silêncio sempre que quiser, além de ter direito à assistência de advogados e proteção contra autoincriminação.
Outros depoimentos
Além de Rico, a CPI também queria ouvir hoje a advogada Adélia Soares, que defende a influenciadora Deolane Bezerra. Mas a defesa de Adélia recorreu ao STF porque a CPI não aceitou que ela participasse por videoconferência. O ministro Dias Toffoli atendeu ao pedido e suspendeu a obrigatoriedade de ela comparecer pessoalmente.
Rico Melquíades presta depoimento no Senado Federal – Foto: Rico Melquíades/@ricomelquiades/Reprodução/ND
Adélia já foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal por falsidade ideológica e associação criminosa. As investigações indicam que ela teria ajudado uma organização estrangeira a promover jogos de azar ilegalmente no Brasil, usando a empresa Playflow como fachada.
O depoimento de Rico faz parte das investigações da CPI, que quer entender como influenciadores estão ajudando a divulgar apostas ilegais nas redes sociais — um assunto que tem chamado cada vez mais atenção no debate sobre as regras para publicidade digital.
