Mudança no hino de Santa Catarina volta à pauta na Alesc

Deputado Ivan Naatz é o autor da PEC que muda o hino de SC - Foto: Foto: Vicente Schmitt / Agência AL/ND

Deputado Ivan Naatz é o autor da PEC que muda o hino de SC – Foto: Foto: Vicente Schmitt / Agência AL/ND

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de autoria do deputado Ivan Naatz (PL), que prevê a realização de concurso público para a escolha de uma nova letra e música para o hino de Santa Catarina, retorna à pauta da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (13).

Após mais de um mês em posse do deputado Mauro de Nadal (MDB) para voto de vista, a proposta será novamente discutida.

O deputado Naatz argumenta que o hino atual, composto em 1892 por José Brazilício de Souza e Horácio Nunes Pires, reflete valores e um contexto histórico que podem não ressoar com as gerações atuais. Ele defende que a mudança é um “debate cívico” necessário, com o objetivo de criar um hino que represente melhor a diversidade cultural e os valores contemporâneos de Santa Catarina .

Naatz sustenta que a proposta tem o apoio do governador Jorginho Mello ( PL) e que outros estados do país, como Rio de Janeiro, Paraíba e Minas Gerais também estão com este tema em discussão, e que eventual substituição do atual não significará sua extinção ficando registrado como “hino histórico”.

Resistência contra troca do hino

Entretanto, a proposta enfrenta resistência. Na última sessão da CCJ, entidades como o Conselho Estadual de Cultura e o Conselho Municipal de Política Cultural de Florianópolis manifestaram-se contrárias à mudança, alegando que ela pode comprometer o senso de identidade do Estado.

Além disso, parlamentares como Fabiano da Luz (PT) expressaram preocupação em “passar uma borracha” na história representada pelo hino atual.

A discussão sobre a atualização do hino estadual reflete um dilema entre preservar a tradição e adaptar-se às mudanças sociais e culturais. Independentemente do desfecho, é essencial que o debate ocorra de forma democrática e respeitosa, considerando as diversas opiniões da sociedade catarinense.

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