Empresas tradicionais x gigantes digitais: quem está ganhando a corrida?

A inovação não é um diferencial, é uma necessidade de sobrevivência. Uma vez se falava que empresas pequenas e médias não brigavam para ter lucro, brigavam para sobreviver, só que isso agora vale para as grandes e gigantes, vale a luta pela sobrevivência.

Nos últimos 20 anos, vimos setores inteiros serem reconfigurados por empresas digitais que, muitas vezes, começaram pequenas, mas cresceram com velocidade impressionante. Enquanto isso, negócios tradicionais, antes líderes absolutos, perderam espaço por não conseguirem acompanhar o ritmo da inovação.

Eu busquei alguns exemplos de empresas nacionais e mundiais, descrevendo como a inovação muda o jogo:

Blockbuster vs. Netflix

A Blockbuster foi um verdadeiro império do entretenimento. No auge, operava mais de 9 mil lojas físicas nos Estados Unidos. No entanto, ignorou os sinais da mudança, em 2010, declarou falência.

Enquanto isso, a Netflix, que começou em 1997 enviando DVDs pelo correio, fez sua grande virada ao lançar o serviço de streaming em 2007. O resultado? Em 2023, a empresa reportou uma receita anual de 32 bilhões de dólares e ultrapassou 230 milhões de assinantes no mundo todo.

Lição que fica é sempre sobre inovação, mas lembre de começar do básico, inovar não significar investir milhões.

Agora sobre e-commerce, Barnes & Noble vs. Amazon

A Barnes & Noble foi (e ainda é) a maior rede de livrarias físicas dos Estados Unidos. Em 2019, teve uma receita de 3,5 bilhões de dólares.

Mas a Amazon, que começou exatamente nesse mercado em 1994, ultrapassou rapidamente as livrarias físicas. Hoje, vende de tudo e livros representam apenas uma fração de seu faturamento. Em 2023, a Amazon fechou o ano com 502 bilhões de dólares em receita.

O que diferencia a Amazon, está na facilidade de compra, na velocidade de entrega e no ecossistema

E falando de nosso Brasilzão, TV Globo vs. Globoplay

A TV Globo, tradicional emissora brasileira, enfrentou desafios com a mudança no consumo de mídia. Em resposta, lançou o Globoplay em 2015, sua plataforma de streaming.

Em 2023, o Globoplay alcançou 30 milhões de usuários no Brasil, superando concorrentes como Netflix e Prime Video no país. Além disso, a plataforma registrou um crescimento de 17% na receita anual, impulsionado por assinaturas e publicidade.

Em 2021, a Globo enfrentou um prejuízo líquido de R$ 174 milhões. No entanto, em 2022, reverteu essa situação, alcançando um lucro líquido de R$ 1,25 bilhão. Em 2023, manteve a trajetória positiva com um lucro de R$ 838,7 milhões. Já em 2024, atingiu um lucro recorde de R$ 1,99 bilhão, impulsionado pelo crescimento do Globoplay e aquisições estratégicas, como a Eletromidia.

Aqui um belo exemplo de uma empresa tradicional que se reinventou, sem perder sua essência.

O que as empresas digitais estão fazendo de diferente?

Empresas digitais como Netflix, Amazon e Globoplay têm três grandes vantagens competitivas:

  • Escalabilidade: Crescem rápido, sem depender de estruturas físicas.
  • Eficiência operacional: Utilizam dados para otimizar desde a entrega até o atendimento.
  • Experiência personalizada: Conhecem o cliente melhor do que ele mesmo.

Empresas tradicionais que querem competir precisam acelerar sua digitalização, rever seus modelos e investir em tecnologia com foco no cliente.

Esses não são apenas casos isolados. São sintomas de uma nova economia, onde quem se adapta mais rápido vence.

A boa notícia? Ainda há espaço para empresas tradicionais se transformarem e muito a ganhar. Mas o tempo de “esperar para ver” já passou.

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