Pré-mercado: Incerteza após Copom e FED

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia. Estamos na quinta-feira, 8 de maio.

Cenários

A entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, e o Comunicado da 270ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ambos divulgados na quarta-feira (7), tiveram um ponto em comum. Em ambos os casos, as autoridades monetárias do Brasil e dos Estados Unidos disseram que é preciso esperar para ver o que vai ocorrer.

A diferença entre um e outro é que o FED avalia estar em uma posição sólida (“a good place”, disse Powell) para observar o que vai ocorrer com a economia. Mesmo assim, Powell afirmou que não há clareza se a economia americana vai manter o ritmo atual de crescimento ou se vai perder tração diante da volatilidade macroeconômica e da possibilidade de nova aceleração inflacionária.

Já no caso do Copom, o Banco Central (BC) avalia que há muitas indefinições. “[O] cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, afirma o Comunicado.

Em ambos os casos, isso indica a necessidade de as autoridades monetárias esperarem a divulgação de mais informações e dados para poderem ter certeza sobre o que está ocorrendo na economia.

Perspectivas

Após a Super Quarta, com reuniões de Copom e FED, a atenção dos investidores se volta para as tarifas comerciais. E o governo de Donald Trump anunciou um acordo comercial com o Reino Unido, que deve ser detalhado ainda nesta quinta-feira.

O Reino Unido tem um déficit comercial com os Estados Unidos e, assim como o Brasil, ficou no piso das tarifas, com uma alíquota de apenas 10%. Agora, os investidores aguardam os termos do acordo para ter uma ideia do que esperar nas próximas negociações.

O esperado entendimento entre os dois países para redução de tarifas sobre determinados bens seria o primeiro sob a nova administração de Trump. Segundo analistas do banco de investimentos holandês ING, o foco dos investidores está na eventual manutenção da tarifa-base de 10%, atualmente suspensa.

Segundo os analistas, caso essa taxa seja eliminada, o impacto sobre ativos de risco seria potencialmente favorável, fortalecendo o dólar e impulsionando os mercados acionários.

Indicadores

  • Brasil

IGP-Di (Abr)
Esperado: ND
Anterior: – 0,50%

  • Estados Unidos

Sem indicadores relevantes

O post Pré-mercado: Incerteza após Copom e FED apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.